terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Cuidando além dos livros

Olá pessoal!!
Que saudade!
Infelizmente, meu computador partiu dessa pra melhor e agora só consigo entrar na internet quando venho até a casa da minha mãe. E ainda assim é super rápido...
Mas, estou com as palavras na ponta da língua (ou dos dedos?) para dois novos posts.
Vou aproveitar, já que o Miguel está dormindo profundamente...
Este post, é mais específico para mãezinhas de primeira viagem, que não sabem muito o que fazer com um bebê em suas mãos.
Vou contar um pouquinho da minha experiência!
Com o Miguel aprendi: teoria e prática são beeeeem diferentes!
Quando ele nasceu, achava que seria tudo lindo, afinal, havia comprado todos os meses da revista "Pais & Filhos" e "Crescer". Havia estudado direitinho a matéria "ser mãe"...e nada fugiria do controle.
Até eu me dar conta que ele mamava de hora em hora, não saia do meu colo e quando estava acordado só chorava.
Aí percebi que existem algumas coisas que as revistas não ensinam.
Revistam não ensinam sobre amor e instinto materno. Elas impõe ideias que parecem lindas e corretas...com base em que??
Comecei a surtar lentamente, e perguntava para o Tiago: será que ele vai ser aquelas crianças chatas, que ficam chorando o tempo todo? Não tínhamos uma resposta...e nem as revistas...
Quando chegava a madrugada, nós fazíamos revezamento de colo...eu dava de mamar, ficava com o bebê em pé e quando pensava que seria a hora de dormir, ele acordava e começava tudo outra vez...
Eu e o Tiago parecíamos zumbis...Nossos vizinhos nos encontravam e diziam educadamente: Nossa, vocês parecem cansados!
Deve ser porque realmente estávamos acabados.
As regras não estavam se adequando...tudo que eu havia estudado não estava acontecendo...a prática, a realidade era bem diferente do mundo da fantasia.
Então, parei, contei até três, respirei bem fundo e comecei a me ouvir...comecei a ouvir aquilo que chamam de instinto (ele realmente existe, acreditem!).
É como um animal. A fêmea que acaba que parir, sabe que deve comer a placenta até um certo limite, se não acaba comendo seu filhote. E quem ensinou isso a ela? A revista "Cães e Gatos"?
Não! Definitivamente NÃO! Puramente instinto...
O dicionário define a palavra como "caracterizado por atividades elementares e automáticas. Impulso espontâneo e alheio à razão, intuição."
Exatamente! E se eu pudesse acrescentaria: fazer aquilo que o seu coração de mãe acha sensato e correto para o seu bebê!
Aí, minha ficha começou a cair e as coisas começaram a ficar mais fáceis.
O sonho do quarto do bebê, lindo, cada coisa em seu lugar, o bebê no berço, a mamãe e o papai dormindo juntinhos, foi o primeiro que se desfez.
O berço, virou cesto de roupas que saiam do varal. O papai foi dormir no colchão no chão (com o cachorro) e a mamãe com o bebê na cama.
Percebi, que essa era a única forma em que conseguíamos dormir.
O Miguel ali, sempre ao meu lado e quando ele pensava em mamar, peito nele!
Alguns conservadores dizem que essa não é a melhor forma de educar seu filho, já que ele se torna dependente.
Eu digo sempre o contrário: Bebê seguro é adulto feliz!
Percebi que existem fases, momentos do bebê. Alguns eles precisam mais da gente, outros menos. E a noite, ainda é um lance que eles não conseguem superar sozinhos.
E aí eu pergunto: que mal há em seu bebezinho dormir junto com os pais na mesma cama? Tem coisa mais gostosa que essa? Todos juntos...papai, mamãe, bebê e cachorro? (Quando o cachorro não é espaçoso como o Tódi, é mesmo uma delícia!)
Que mal existe em amamentar seu filhinho de madrugada?
Enfim...ouço várias pessoas até hoje dizendo que preciso urgente de parar de dar mama para o Miguel na madrugada...e eu digo que não! Não devo parar...é ele quem vai me dizer quando parar...simples assim.
Hoje, essa questão da Cama Compartilhada, está muito bem resolvida por nós todos.
Tirei a grade do berço, deixei o colchão na mesma altura da nossa cama e juntamos tudo. Quando ele acorda querendo mamar, dou mama pra ele e voltamos a dormir...acordo várias vezes com o peito pra fora do sutiã e ele já está até roncando. Dormimos gostoso! E não acho nada ruim quando coloco ele na cama para mamar no outro seio e eu acordo dentro do berço...rsrs...
A questão do choro constante, também precisou de muita paciência e dedicação.
Quando não ouvimos nosso instinto, não conhecemos nossos filhos.
Passei a analisar, calmamente cada choro do Miguel...e percebi que estávamos fazendo tudo errado. Tentávamos fazer ele dormir quando ele queria ficar acordado, colocávamos ele deitado quando ele queria colo..enfim, tudo bagunçado. Só depois que paramos para prestar atenção no bebê, descobrimos suas reais necessidades.
O Miguel, no primeiro mês, era um bebê muito inseguro. Não gostava de ficar sozinho...então, passamos a dar muito colo...decidimos que nosso bebê não iria mais chorar e aí as alegrias e recompensas começaram a aparecer. Ele começou a sorrir e interagir com a gente.
Comprei o santo sling que nos ajudou muito nesse processo. Hoje, posso dizer tranquilamente que o Miguel é um bebê seguro graças a ajuda do sling.
Hoje, ele quase não chora...ainda é um bebê. Logicamente chora quando está com sono, ou com dor, ou com tédio...Mas, sempre fazemos questão de ouvir o que ele nos pede antes mesmo dele ficar de mal humor.
Nada de choro! Bebê seguro é adulto feliz!
Prezo pela felicidade do meu filho. Quero que ele seja uma criança tranquila, que tenha muitos amigos e que conte sempre com sua família para o que precisar. Por isso, estamos sempre aqui, desde os primeiros momentos de vida dele. Quero que o Miguel, seja um adulto bem sucedido, que seja feliz em qualquer profissão por ser uma pessoa segura. Quero que ele seja um bom marido e um ótimo pai. E para isso, imagino que ele precise de muita segurança e bons exemplos. É para isso que temos nos dedicado.
Acho que o método regrado de cuidar de bebês não se adequa a todos os casos.
Portanto mãezinhas, cuidem de seus filhos além das regras.
Aprendam a ouvir conselhos e tomar para si apenas aqueles que são saudáveis e viáveis ao modo de vida de sua família.
As únicas pessoas que realmente entendem os filhos são os pais.
E lembrem-se sempre: crianças são seres muito, muito superiores para serem comparadas umas as outras.

Beijos

Obs: em breve posto foto da cama compartilhada...

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